A “zelite” brasileira importa esperma de arianos americanos

Juliana Alves
O Brasil se transformou em um dos países que mais compram esperma norte-americano no mundo, a um ritmo que só aumenta. A manchete é do jornal El País, o maior jornal da Espanha, editado no Brasil em português.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de todas as amostras de esperma que os brasileiros compraram dos Estados Unidos entre 2014 e 2016, 95,4% vinha de homens brancos; 51,8% tinha olhos azuis; 63,5% cabelo castanho, diz o jornal. E acrescenta:
Em resumo, pouco a ver com o Brasil, um país que até 1888 importou dez vezes mais escravos africanos do que os Estados Unidos e onde, portanto, essa é a genética mais comum. Mas muito a ver com a elite brasileira.
Nos desculpem a baixaria, mas a indignação nos leva a perguntar: mas que porra é essa?
Já entregaram o dinheiro vivo para os fundos; já entregaram o petróleo por menos de US$1 o barril; já entregaram a indústria pesada, a pesquisa, a ciência e a tecnologia, os meios de comunicação, os portos, as vias férreas, as estradas e 13 milhões de empregos.
Agora também querem entregar a raça, nossos morenos e morenas, a doce miscigenação do brasileiro?
Só nos resta cantar, como o compositor Bororó, “Da Cor do Pecado”:
“Esse corpo moreno cheiroso e gostoso que você tem,
É um corpo delgado da cor do pecado
Que faz tão bem.”
Eugenia.
[ li algo parecido em Março, falando das preferências das mães independentes, por estas estarem importando sêmen de doadores ” puros “, fiquei sem palavras pela primeira vez na vida. ] Adolf Hitler, enfim, descansa em paz.