Demóstenes, na cara dura: “Redescobri Deus”.
Presente ao Conselho de Ética do Senado, que investiga as relações do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, o senadorDemóstenes Torres, atrasado por mais de 30 minutos, quebrou o silêncio. Na abertura de seu discurso, o acusado de integrar a organização criminosa disse que chegou a pensar na renúncia ao mandato, mas optou por responder aos questionamentos de seus pares, no plenário da Comissão de Ética.
A defesa de Demóstenes, para o ex-aliado senador Álvaro Dias (PSDB-PR), consiste em uma espécie de “missão impossível”. O próprio acusado abriu seu discurso de defesa remetendo a questão ao Divino.
– Eu só pude chegar até hoje porque redescobri Deus. Parece um fato pequeno, mas acho que minha atuação era pautada mais pelos homens do que por Deus – disse Demóstenes.
Advogado, ex-secretário de Segurança do Estado de Goiás, Demóstenes optou por seguir, passo a passo, nas denúncias formuladas contra ele, sem abranger a questão de fundo, que é a ligação mantida com o contraventor, cujas atividades o acusado disse desconhecer porque não tinha “lanterna na popa”. Do Correio do Brasil.
Estou cada vez mais convencido que esta Comissão de Ética, apesar de corporativista, vai recomendar a cassação de Demóstenes. No entanto, no plenário, com votação secreta, ele salva seu lindo pescocinho e vira um zumbi nos corredores do Senado. No Plenário, a Ética está mais para “Etíca”, como diz o globetrotter Nelcito.
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