Senado deverá votar projeto do mínimo até a madrugada.
A base governista está confiante em relação à aprovação, sem emendas, do projeto do Governo sobre o percentual de aumento do salário mínimo. “Da base de 62 senadores, vamos ter a garantia mínima de 54 votos”, calcula o líder do PT e do bloco de apoio ao governo (PR, PDT, PSB, PCdoB e PRB), senador Humberto Costa (PE). Já o líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), está resignado com o resultado. “Certamente seremos derrotados”, admitiu o tucano, que apresentou duas emendas, uma para salário de R$ 600 e outra que veta a fixação do valor por decreto.
Outras duas emendas foram apresentadas pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP): salário de R$ 700 e reajuste escalonado de 100% até 2015. Rodrigues explica que conseguiu chegar ao valor, com base em cálculos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócioeconômicos (Dieese). A instituição considera que o “salário mínimo necessário”, em dezembro de 2010, seria de R$ 2.227,53.
Caso alguma das quatro emendas – duas do PSDB e duas do PSOL – seja aprovada hoje, a proposta terá de passar novamente por votação na Câmara, o que frustaria expectativa do Executivo de que os salários de R$ 545 fossem pagos a partir da próxima semana. “A presidenta quer quer o novo mínimo entre em vigor no dia 1º de março, portanto, já pagando o reajuste no mês que vem”, afirma o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR).
A votação das quatro emendas e a votação simbólica do projeto deve entrar na madrugada. Com informações do site Brasília Confidencial.
Perto da meia-noite, a votação encerrou-se, com votação maciça no projeto governamental, como era esperado. Agora, deputados da oposição entrarão com recurso no Supremo Tribunal Federal sobre a aprovação da correção automática do salário mínimo até 2015 através de decreto presidencial.