Mortos na rebelião da Líbia podem passar de 10 mil.
No sexto dia de revolta popular na Líbia contra o regime de Muammar Kadafi, rebeldes tomaram o leste do país e a repressão violenta aos manifestantes continuou nas ruas da capital Tripoli. Os números de mortos variam de acordo com a fonte, já que a entrada de jornalistas e observadores internacionais está praticamente impossível.
O governo líbio afirma que não passam de 300. ONGs da região estimam que são mais de 700. O ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, fez um pronunciamento nesta quarta-feira 23 à Câmara Baixa do Parlamento sobre a situação. Segundo ele, o massacre ordenado por Kadafi já custou mais de mil vidas civis. O jornal italiano La Republicca fala em 10 mil mortos e 50 mil feridos, citando a rede de televisão Al Arabyia como fonte.
Relatos publicados pelo The New York Times dão conta de que grupos rebeldes já tomaram a parte leste do país. Enquanto Kadafi e seu filho seguem prometendo “rios de sangue” e acusando os manifestantes de serem subordinados a grupos terroristas, mais militares desertam das forças armadas, recusando-se a cumprir a ordem de atacar o próprio povo.
Na tarde de ontem, confirmou-se a informação de que dois pilotos da Força Aérea desviaram suas rotas para Malta e desertaram na ilha do Mediterrâneo. No início da noite, um navio de guerra também foi interceptado na região. O capitão afirmou às autoridades maltesas que tinha ordens para bombardear cidades no litoral líbio, mas resolveu abandonar o posto. Informações da Carta Capital.